Dismorfofobia – A percepção alterada da imagem

A dismorfofobia, também denominada transtorno dismórfico corporal (TDC) ou síndrome da distorção da imagem, é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente na aparência física ou a Hiper valorização de alguma possível alteração existente.


O problema manifesta-se quando há uma convicção obsessiva de haver uma parte do corpo deformada, apesar de uma análise técnica apontar o contrário, gerando uma intensa angústia com sua má aparência e suposta feiúra. Na clínica diária de cirurgia plástica é comum observarmos esses casos, pois são pessoas que tendem a deixar que minúsculas imperfeições assumam importância anormalmente altas em suas vidas.

O Problema é particularmente grave quando ele impede a sua percepção de felicidade e não tem cura na cirurgia plástica pois, por melhor que fique uma cirurgia, a satisfação não virá. Isso, porque a origem desse sentimento não se encontra na aparência real, mas reside na mente do indivíduo.


É importante salientar que sua incidência não possui relação com beleza ou feiúra, podendo acometer pessoas atraentes ou não atraentes. Dentre as partes do corpo, aquela que é mais frequentemente sede desse transtorno é o nariz (45% dos casos).


Etimologicamente a palavra provem da palavra grega dysmorfia, que significa fealdade da face.

Como identificar?

A- O transtorno dismórfico corporal (TDC) se refere a preocupação excessiva por um defeito corporal mínimo o por defeitos corporais imaginários.


B – Preocupação por algum defeito imaginário do aspecto físico. Quando ha leves anomalias físicas, a preocupação do indivíduo é excessiva.


C – A preocupação provoca mal estar clinicamente significativo e a desintegração social, profissional ou de outras áreas importantes da atividade do indivíduo.


D – A preocupação não se explica de forma mais nítida pela presença de outro transtorno mental (por. exemplo a insatisfação com o tamanho e a silhueta corporal na anorexia nervosa.

Como surge?


A hipocondria é a afecção mental em que há depressão e preocupação obsessiva com o próprio estado de saúde: o doente, por efeito de sensações subjetivas, julga-se preso a condições mórbidas na realidade inexistentes e passa a procurar, permanentemente, tratamentos descabidos.


No TDC (Transtorno Dismórfico Corporal):
A- Existe preocupação por medo de ter uma enfermidade grave baseada na má interpretação dos sintomas corporais.


B- Persiste apesar de uma avaliação médica adequada e de comentários que tranquilizam o paciente.

C- A crença não é de tipo delirante e não se limita a preocupações sobre o aspecto físico.


D- Provoca uma alteração clínica significativa ou alteração das funções sociais, profissionais ou de outras áreas na atividade do indivíduo.

Quem está sujeito?

Aparece em proporções iguais em homens e mulheres, sendo a idade de aparecimento a terceira década de vida, sendo a idade média de inicio os 17 anos. Alguns estudos demonstram que a clinicamente começa na adolescência, época em que o indivíduo está mais preocupado de sua auto-imagem na vida social.


Existem dois picos: Um na adolescência no inicio da idade adulta e outro, somente em mulheres, durante a menopausa. É um transtorno crônico, intensidade variável, com oscilações e altos e baixos dos sintomas

Tratamento


É evidente que o tratamento dessa patologia começa na aceitação de que algo não está bem e de que precisa-se de ajuda. Se há a percepção de que a sua opinião acerca de seu corpo e aparência estão continuamente divergentes de seus amigos e familiares e, principalmente, seus médicos, fique atento. Você pode estar se tornando vítima do transtorno dismórfico corporal.


O primeiro passo é procurar um bom psiquiatra e um bom psicólogo. Existem causas orgânicas para o distúrbio, como diminuição de substâncias circulantes no cérebro e medicações pode auxiliar para repô las. Mas nem sempre o fator é orgânico e o fundo é puramente psicológico e uma boa terapia pode ajudar a livrar-se desse mal.